sábado, 19 de fevereiro de 2011

Fórum Regional de Economia Solidária debate sobre a centralidade do desenvolvimento


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Cada vez mais a certeza de defender nova concepção de existência para o ser humano
presevar-naturezaUsinas hidrelétricas, projeto Carajás, Suzano Papel e Celulose. Estes e outros grandes empreendimentos mudaram e vêm mudando há muito tempo à realidade política, econômica, social e cultural do nosso povo. Os impactos decorrentes destas mutações são perceptíveis, dentre elas, o crescimento demográfico, agravando os problemas de regularização fundiária, numa região já marcada por sérios e sistemáticos conflitos pela posse da terra e trabalho escravo.
Dentro desse conjunto de problemáticas e interesses, os movimentos sociais são importantíssimos para se debater, avaliar e lutar por direitos tanto ambientais quanto étnicos.
Com o intuito de discutir e considerar perspectivas melhores para se equacionar a necessidade ao mesmo tempo de industrialização (geração de emprego e renda) com a preservação e a utilização sustentável dos recursos naturais, várias entidades e representantes do poder público e judiciário se reuniram nesta ultima sexta, dia 14 no Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Imperatriz.
Dentre as entidades e órgãos presentes estavam representantes do poder público de Imperatriz, Açailândia, defensoria pública, Centru, Miqcb, Casa familiar rural de Coquelândia, Carítas, Pastorais católicas e Cdvdh de Açailândia.
O Fórum foi organizado pelas entidades que participam do projeto “Brasil Solidário”, de iniciativa federal.
Na pauta da reunião momentos de autocrítica e de avaliação que levantaram a tona questões delicadas como a participação de entidades e militantes sociais na articulação de projetos duvidosos ligados ao grande capital e a degradação ambiental. Também se fez uma profunda explanação histórica das frentes de ocupação no Maranhão e nos projetos de desenvolvimento aos quais o estado esteve articulado durante sua existência e, dessa forma, situo-se economicamente nas linhas gerais construídas a partir da lógica das sociedades urbano-industriais e nos planos demográfico e estatístico.
Em resumo, cada vez mais a certeza de quê defender uma nova concepção de existência para o ser humano e de sua civilização é urgente. A reprodução desse modo de consumo de produção capitalista é insustentável neste planeta. A idéia de que padrão de vida dos Eua, Europa, Japão e Canadá, são o que devemos alcançar para chegar ao primeiro mundo beira a esquizofrenia. Chegar ao primeiro mundo nestes termos significa inventar ou descobrir mais quatro planetas Terras, pois esse dito primeiro mundo, possui 20% da população mundial consumindo cerca de 80% dos recursos naturais.
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Um comentário:

  1. Parabéns pela matéria e tbm para a agente do projeto Brasil Local aí de Imperatriz(Maria Gavião). Pois esse é um debate essencial para que possamos ter pessoas mais conscientes de que o desenvolvimento pregado pelos grandes projetos não passam de ilusão e é urgente a necessidade de criar alternativas para se contrapor a esse sistema cruel que vivemos hoje.

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