quarta-feira, 8 de junho de 2011

Suzano adia projeto de Piauí para 2016 e divulga capex de R$ 3,5 bilhões para o ano

SÃO PAULO – A Suzano (SUZB5) divulgou nesta quarta-feira (8) que a unidade de Piauí deverá entrar em operação no primeiro semestre de 2016, com a compra dos equipamentos estimada para o primeiro semestre de 2014, assim como previa o projeto original, ao passo que especificou o prazo para o projeto de Maranhão em novembro de 2013. Alterações também foram feitas no capex dos projetos, o qual passou de US$ 1,8 bilhão para US$ 2,3 bilhões.
O valor foi impulsionado por conta de aumento de capacidade nas unidades, que passará de 1,3 milhões de toneladas por ano para 1,5 milhão, bem como um acréscimo de 100 mW de energia adicional em cada planta, a inflação nas commodities e a apreciação do real frente ao dólar, cujo ritmo de alta surpreendeu os executivos.
InvestimentosPara 2011, a empresa deve investir R$ 3,5 bilhões, sendo que R$ 1,5 bilhão já foi realizado por conta da aquisição de participação na Conpacel e na KSR. O restante será dividido em R$ 1,1 bilhão na unidade do Maranhão – sendo R$ 900 milhões na parte industrial e R$ 200 milhões na florestal -, R$ 500 milhões em manutenção e R$ 200 milhões na unidade do Piauí e na Suzano Energia Renovável.
Antonio Maciel, CEO da empresa, também explicou que o motivo principal que levou a empresa a adiar o início do projeto de Piauí para 2016 foi por conta da situação de custos e de mercado, o qual poderia ameaçar o limite de alavancagem.
Dívida sobre Ebitda controladaEm conferência com analistas para detalhar o plano de investimentos, estes se mostraram preocupados com o nível da dívida líquida sobre Ebitda (geração operacional de caixa), uma vez que a atualização do modelo de alguns destes profissionais indicam a extrapolação do limite de três vezes e meio fixado pela Suzano.
Por outro lado, Maciel garantiu que o valor será atingido. Sem especificar valores, o executivo ressalta que, para a manutenção deste nível, a empresa considera diversas alternativas, sendo a emissão de novas ações a última da lista, por ser “cara demais aos acionistas”. A penúltima alternativa seria o adiamento dos projetos.
Venda de ativosEntre as possibilidades, há a venda de ativos, inclusive com a negociação de parte da Suzano Energia Renovável. Maciel revela que a intenção é manter o controle da empresa e, portanto, o restante da participação pode ser negociada – aliás, conversas com potenciais investidores já estão muito avançadas, disse.
Há também a possibilidade de realizar parcerias, semelhantes com a que está em negociação no tratamento de águas e afluentes, na qual empresas trazem investidores para o projeto e se propõem a realizar o capex e a operar.
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