sexta-feira, 27 de julho de 2012

Grupo Cio da Terra planta duas mudas de Bacuri em favor da preservação da fruta


O plantio é uma forma de valorizar a fruta e destacar sua importância para a sociedade que esteve presente na SBPC






SÃO LUÍS - Uma das frutas mais populares da região amazônica, o Bacuri, foi plantada hoje, na Cidade Universitária, pelo Reitor Natalino Salgado, Vice-Reitor Antonio Silva Oliveira e tambénm da Reitora da UFSC Roselane Neckel, com o auxílio do Grupo de Extensão da Universidade Federal do Maranhão – Campus de Chapadinha –, Cio da Terra, coordenado pela professora Maria Moura. As duas mudas foram plantadas como forma de valorizar a fruta e destacar sua importância para a sociedade que esteve participando da 64ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), que vai até hoje (27).

Segundo a professora Maria Moura, esse plantio propõe a visibilidade a uma das principais frutas do Maranhão, que hoje se encontra em extinção. “Nossa meta é plantar aproximadamente 1000 mudas nas regiões em que o risco de tê-la em extinção é grande. Trabalhamos para recuperar e cuidar desses bacurizais, a fim de qualificar a biodiversidade maranhense”, explicou.

 
Foto: Caroline Ribeiro
Reitor Natalino Salgado e Vice-Reitor Antonio Silva Oliveira plantam mudas de bacuri na Cidade Universitária

O bacuri leva oito anos para florecer e, se preservada e bem tratada, pode durar 200 anos ou mais. O bacurizeiro, cujo nome científico é Platonia insignis, pode atingir mais de 30 m de altura, com tronco de até 2 m de diâmetro nos indivíduos mais desenvolvidos. Sua madeira, considerada nobre, também tem variadas aplicações.

Já que esta fruta, segundo Maria Moura, está em extinção, o Grupo Cio da Terra lançou a campanha “Adote um bacuri”, com o objetivo de preservar os bacurizais, tendo em vista que ele pode ajudar no combate à pobreza por ser uma alternativa excelente de fonte de renda para os agroextrativistas e que pode se vendido na forma de sucos, geleias, bombons, entre outros ou ainda na forma de pomada com uso medicinal.

Foto: Caroline Ribeiro
Grupo Cio da Terra junto com o Reitor Natalino Salgado, o Vice-Reitor Antonio Silva Oliveira e a Reitora da UFSC Roselane Neckel

“O plantio também pode ser importante no combate ao desmatamento, visto que o bacurizeiro possui a característica ímpar de rebrotar a partir de suas raízes. Se suas mudas forem manejadas de forma adequada podem ser construídas várias miniflorestas”, afirmou Maria Moura.

Saiba +

O bacuri é um pouco maior que uma laranja, contém polpa agridoce rica em potássio, fósforo e cálcio, que é consumida diretamente ou utilizada na produção de doces, sorvetes, sucos, geleias, licores e outras iguarias. Sua casca também é aproveitada na culinária regional, e o óleo extraído de suas sementes é usado como anti-inflamatório e cicatrizante na medicina popular e na indústria de cosméticos.

Em áreas de ocorrência natural, com vegetação aberta, a densidade de indivíduos em início de regeneração pode chegar a 40 mil por hectare (1 ha equivale a uma área de 100 m x 100 m), por causa das brotações. Por esse motivo, o caboclo amazônico diz que o “bacurizeiro nasce até dentro de casa”.

Para obter a polpa, os agricultores partem a casca com um porrete. Retirada a casca, encontram os ‘filhotes’ ou ‘línguas’, como chamam a porção da polpa não aderida às sementes, e as ‘mães’, nome dado à polpa que envolve as sementes (‘caroços’). As sementes devem ser separadas cuidadosamente, com o uso de tesouras, porque qualquer ferimento no caroço libera uma resina que mancha a polpa. Por isso, os produtores de bacuri não utilizam as máquinas despolpadoras existentes no mercado, mas esse problema poderia ser evitado com o desenvolvimento de um equipamento específico para extração da polpa dessa fruta.

Fontes de apoio: portalsaofrancisco.com.br ; cienciahoje.uol.com.br

Veja também: Participe da campanha “Adote um bacuri para sempre”

www.ufma.br

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