quarta-feira, 25 de julho de 2012

Pesquisadores querem fazer melhoramento genético do babaçu


Assunto está sendo discutido na 64ª Reunião Anual da SBPC, em São Luís.

Maranhão é responsável por 95% da produção nacional de babaçu.

Do G1 MA com informações da TV Mirante

Pesquisadores querem aumentar a produção e fazer o melhoramento genético do babaçu. O assunto está sendo discutido na reunião da SBPC, realizada na capital maranhense desde o último domingo (22).
Sabão, sabonete, carvão, biscoitos, farinha, torta, palmito. Tudo feito de babaçu. Estes produtos que ganharam um stand especial na Expotec - a Exposição de Tecnologia da SBPC. A extração de coco babaçu é alvo de pesquisas para melhoramento de produção. “Temos 22 pesquisadores contratados e os primeiros projetos já estão em desenvolvimento”, conta Eugênio Araújo, chefe adjunto administrativo da Embrapa.

Os babaçuais ocupam 18 milhões de hectares do território brasileiro e o Maranhão é responsável por 95% da produção de suas amêndoas, além de ser o estado com a maior população vivendo da extração do coco no país. O método de extrativismo do babaçu ainda é muito rudimentar. No estado, este trabalho, desde a colheita, é feito basicamente pelas quebradeiras de coco. O desafio atual é de aumentar, melhorar e acelerar essa produção, tópico que está sendo discutido na 64ª SBPC. O pesquisador Guilherme Barbosa desenvolve um estudo de melhoramento genético em vegetais de grande porte. Ele explica que no caso dos babaçuais a pesquisa ainda está só no começo, mas há boas expectativas. “Nossa ideia é tentar pegar o máximo de variabilidade genética que possa representar todo o Maranhão, além de estados como o Tocantins e no Piauí, para fazer esse programa de melhoramento”, explica o pesquisador da Embrapa, Guilherme Barbosa.

A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária já desenvolve um projeto no Maranhão desde 1995. O objetivo é melhorar o nível de produção na região de Itapecuru-Mirim. Um dos coordenadores do projeto utiliza o espaço da SBPC para divulgar e discutir com os participantes as possibilidades de unir o manejo artesanal com a tecnologia na produção do babaçu.“Nós podemos desenvolver tecnologias de aplicação de produtos, melhorar a qualidade dos produtos para o mercado da energia principalmente. Aí entra a substituição do carvão mineral pelo carvão vegetal de babaçu, ampliando as fontes do mesocarpo do babaçu no mercado de alimentação e do próprio epicarpo no mercado de energia, como componente para caldeiras de padarias, cerâmica, entre outras indústrias”, detalhou Eugênio Araújo.

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