quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Projeto sobre quilombos fica entre finalistas em concurso nacional




Trabalho é de autoria de professores da rede pública do Maranhão.
Projeto foi implementado no Quilombo Santa Rosa dos Pretos

Do G1 MA , com informações da TV Mirante
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O projeto "Quilombo: uma Forma de Resistência Negra", idealizado por professores da rede estadual de ensino do Maranhão, foi um dos vencedores do concurso realizado pela Fundação Banco do Brasil e Revista Fórum, que premiam os melhores projetos de tecnologia social do país, capazes de promover o bem-estar de uma comunidade por meio de iniciativas muito simples. O trabalho concorreu com outros cinco mil projetos de todo o país.
O projeto foi implementado no Quilombo Santa Rosa dos Pretos e já colhe os primeiros frutos. Tudo começou quando três professoras do Liceu Maranhense se reuniram para fazer um trabalho na escola. Elas queriam que os alunos conhecessem a rotina, as tradições e o modo de vida dos quilombolas. A iniciativa surgiu a partir de uma constatação: muitos estudantes negavam ou tinham vergonha de declarar sua origem.
“Nós nos reunimos e achamos por bem começar a trabalhar com os alunos essas questões. Fazer com que eles refletissem sua origem, sua cor, além de mostrar que somos negros e precisamos ser reconhecidos”, explica Sandra Ramos, professora de Filosofia.
O Projeto Quilombo, uma Forma de Resistência Negra, foi levado para a comunidade quilombola Santa Rosa dos Pretos, no município de Itapecuru Mirim. Trinta alunos viajaram para conhecer a comunidade e entender um pouco mais sobre a cultura e as tradições fortemente preservadas no local.
“A questão religiosa chamou muito a atenção, porque há sempre muito preconceito em relação a isso. A relação entre as pessoas, à hierarquia. Os alunos vieram maravilhados”, conta Ellen Viana, professora de Arte.
Dados
Segundo o Centro de Cultura Negra do Maranhão, existem 527 comunidades quilombolas no estado. São 340 mil famílias em 134 municípios maranhenses. Ao longo dos anos, os moradores da maioria dessas áreas lutam para conseguir títulos de propriedade das terras, que são remanescentes de quilombo. “As comunidades têm esse como principal agravante: a luta pela terra”, explicou Jacira Pavão, professora.
http://g1.globo.com/ma/maranhao

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