terça-feira, 9 de abril de 2013

Mundo discute desertificação



Agenda estratégica brasileira de mitigação dos efeitos da seca será apresentada nesta semana em conferência da ONU realizada na Alemanha

Arquivo/MMA
Degradação da terra em debate na conferência internacional Autor: Arquivo/MMA
Degradação da terra em debate na conferência internacional

Representantes de 192 países reúnem-se na cidade de Bonn, na Alemanha, de hoje (9/4) a sexta-feira, para a 2ª Conferência Científica da Convenção das Nações Unidas para o Combate à Desertificação (UNCCD). O tema em debate é “Avaliação econômica de desertificação, gestão sustentável da terra e resiliência de zonas áridas, semiáridas e subúmidas secas”, com enfoque no refinamento dos indicadores de impacto a serem utilizados para avaliar a direção da mudança na produtividade da terra e meios de subsistência. A agenda estratégica brasileira de mitigação dos efeitos da seca, desafios e atividades já desenvolvidas no país será apresentada pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA).

O diretor do Departamento de Combate à Desertificação da Secretaria de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável do MMA, Francisco Campello, representa o Brasil no encontro. Ele destaca que os fatores que agravam o processo de degradação de terras, em todo o mundo, são bastante variáveis e decorrem principalmente da forma de atuação do homem sobre os recursos naturais. “Dessa forma, esses processos são agravados pelas questões climáticas nas regiões semiáridas podendo resultar em degradações tão severas que culminam em processos de desertificação”.

Conforme ele explica, o Brasil, pela sua dimensão e por ser um país federado, elaborou o seu programa nacional de combate à desertificação com o apoio de ampla participação de representações do governo, universidades e sociedade. “Para uma melhor interlocução foram criadas referências (pontos focais) nos âmbitos estaduais: dos governos, dos parlamentares e da sociedade civil”. Para reverter os agentes causadores dos processos de desertificação, ele aponta o fortalecimento de uma visão agroecológica nos processos produtivos, o uso sustentável dos recursos florestais e uso de tecnologias de eficiência energética.

AGENDA ESTRATÉGICA

Como parte da agenda estratégica de combate à desertificação no Brasil, o diretor do Ministério do Meio Ambiente (MMA) destaca a articulação com o Congresso Nacional para adequação e aprovação do Projeto de Lei que institui a Política Nacional de Combate à Desertificação. “Também estamos elaborando uma matriz de ações para a segurança alimentar, energética e hídrica no âmbito do combate ao desmatamento e promoção do uso sustentável dos recursos naturais”.

Além disso, estão previstas ações de apoio aos 11 estados com áreas susceptíveis à desertificação na implementação de programas estaduais de combate à desertificação e parcerias com os ministérios do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Desenvolvimento Agrário (MDA), Integração Nacional, Minas e Energia e Ciência e Tecnologia. Essas ações têm o objetivo de promover o combate à desertificação com inclusão social, desenvolvimento local e sustentabilidade ambiental.

Após a 2ª Conferência Científica da Convenção das Nações Unidas para o Combate à Desertificação (UNCCD), ainda na cidade de Bonn (Alemanha), será realizada, de 15 a 19 de abril, a 11ª Sessão do Comitê de Revisão da Implementação da Convenção das Nações Unidas para o Combate à Desertificação - UNCCD (CRIC). Durante três dias, grupos regionais discutirão temas relacionados à agenda da Conferência, de modo que essa pauta regional seja apresentada e votada no último dia do encontro.

Mais informações no email info@worldccbonn.com ou no endereço eletrônico: www.worldccbonn.com/

Por: Sophia Gebrim

http://www.mma.gov.br/

Nenhum comentário:

Postar um comentário