quarta-feira, 8 de maio de 2013

Resistência ao latifúndio!

  • Por Barack Fernandes
Por Barack Fernandes Diante da inércia do Poder Público e da Justiça, os ataques as comunidades quilombolas no Maranhão estão casa vez mais intensos.
Ainda esta semana, famílias quilombolas do Puraquê em Codó, denunciaram a Federação dos Trabalhadores na Agricultura do estado do Maranhão, que animais do empresário Chiquinho Oliveira (FC Oliveira), que alugou terras do ex prefeito de Codó, Biné Figuereido, destruíram as plantações do povoado.
Representando a Fetaema, o advogado Diogo Cabral, esteve ouvindo relatos da forma bruta como estes mandantes e jagunços vêm atuando nas comunidades remanescentes de quilombos em Codó. De acordo com os moradores (as) do Puraquê até o antigo cemitério do povoado foi destruído.
Em outro povoado quilombola, conhecido como Lagoa do Leme, os moradores contaram ao advogado da Fetaema, que a mesma situação de truculência e covardia vem acontecendo. “Enquanto estávamos reunidos nos fundos das casas, o motorista da Fetaema, Antonio José conversava na porta da casa, com um senhor da comunidade de Santa Joana, conhecido como seu Toinho.
Quando chegaram dois homens desconhecidos numa moto, desceram e abriram a porta do carro, alegando querer falar com alguém. Ao perceber que somente o motorista da Fetaema, Antonio José, se encontrava dentro do carro, um dos homens falou que o cara não era aquele e saíram em disparada na direção da BR 316”, denunciou o advogado da Fetaema, Diogo Cabral.
Devido constantes denúncias feitas pela Fetaema sobre conflitos agrários em todo o Maranhão e especificamente na região dos Cocais, esta situação de intimidação aos dirigentes e funcionários do Movimento Sindical dos Trabalhadores (as) Rurais vem se intensificando a cada dia. “A situação em Codó é de extrema violência! Estamos enfrentando políticos e empresários (César Pires; FC Oliveira e Biné Figueiredo e ainda a COSTA PINTO AGROINDUSTRIAL). Não tem sido fácil!
Devemos redobrar nossas atenções em conjunto com a sociedade civil para esta região conhecida pela disputa de terra e trabalho escravo” afirmou a secretária de Política Agrária da Fetaema, Maria Lúcia Vieira. Além da Fetaema, outros grupos que lutam pela divisão igualitária da terra no Maranhão também vêm sofrendo ameaças.
“Ainda nesta ultima semana, um motoqueiro foi até a Paróquia São Raimundo, procurando por mim. Ao saber que eu estava dentro da igreja, o suspeito saiu em disparada e algumas horas depois foi visto na companhia de outro homem, ambos desconhecidos”, denunciou padre José da Paróquia de S. Raimundo em Codó-MA.
Apesar das intimidações, a Fetaema continuará denunciando toda forma de violência contra os trabalhadores (as) rurais maranhenses.
Barack Fernandes – Assessor de Comunicação da FETAEMA barack@fetaema.org.br
barackcfer@hotmail.com


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