segunda-feira, 26 de maio de 2014

O POVOADO CENTRO SECO PEDE SOCORRO!



Será que essa fumaça não atinge a humilde população de Centro Seco? Pois bem, mais uma vez a Empresa Margusa está operando um sistema de fornos de carvão bem próximo da comunidade de Centro Seco há 12km da sede de Urbano Santos-MA. Entende-se que isso não passa de um desacato aos direitos humanos e da vida, a fumaça prejudica não apenas o meio ambiente fauna e flora, mas também os moradores daquela comunidade sofrida. Sem falar nas condições precárias dos trabalhadores assalariados rurais que vivem em sistema de trabalho escravo explorados pela empresa. A Margusa há muito tempo atua no município de Urbano Santos, vale lembrar casos importantes como a resistência da população de Juçaral quando orientados pelo movimento social na década de 90 foram derrubar os fornos que transformavam o cerrado em carvão, as chapadas de Juçaral sofreram a devastação e a população ameaçada lutaram pelos seus direitos, foi uma conquista da militância dos direitos humanos. Centro Seco está organizando uma associação que pretende entrar com um pedido de regularização e arrecadação fundiária pelo ITERMA de 700 hectares de terras, infelizmente o povoado é todo cercado por campos de eucaliptos e do lado que limita com o município de São Benedito está a chamada gauchada com a monocultura de soja matando os animais dos camponeses quando adentram nas áreas. Se formos fazer uma retrospectiva, essas terras até a década de 40 não tinha donos, as famílias influentes na política dos anos 50, 60 e 70 se apossaram das áreas que por direito já era dos trabalhadores rurais que ali viviam e trabalhavam. No inicio de 80 a Florestal LTDA chega com o programa de teste do eucalipto e pra isso precisavam de terras para plantar a peste, daí sobrou para os lavradores, os gestores no período venderam grandes áreas fazendo com que a empresa adentrasse nas comunidades, não sobrando nada para os trabalhadores rurais.  Florestal se transformou em Suzano gerando a Margusa que é uma só causando cada vez mais problemas ambientais em nosso município. Essa fumaça está acabando com a vida dos animais silvestres, das águas, dos seres humanos, essa fumaça dos fornos de carvão está acabando com a vida. O Povoado Centro Seco pede socorro!

José Antonio Basto

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