quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Instituto de Florestas do Amapá denuncia invasão de parque por médios e grandes plantadores de soja




Para Ana Euler, o agronegócio e a monocultura ameaçam o cerrado, bioma importante para o Amapá e para o Brasil
O programa Amazônia Brasileira recebe nesta terça-feira (25) a engenheira florestal e diretora-presidente do Instituto Estadual de Florestas do Amapá (IEF), Ana Euler. Ela esteve em Brasília pedindo às autoridades federais que ajudem a combater a invasão da área do parque por médios e grandes plantadores de soja que, valendo-se da presença de pequenos produtores e extrativistas na área do entorno da reserva, vem avançando para a área de floresta, desmatando, para plantar grandes áreas de soja.
Segundo Ana Euler há um impasse, já que vários agricultores conseguiram titulação de parte da terra por meio do programa Terra Legal, embora a área já estivesse reconhecida como Floresta Estadual desde 2006. Agora, deputados pedem o fim da área de preservação alegando que alguns trâmites de regulamentação não teriam sido cumpridos.
A área é de cerrado, bioma em extinção, e de fundamental importância para a saúde do ecossistema amapaense. Por isso, Ana Euler convoca os cidadãos defensores da floresta e das áreas públicas para que não permitam que a Floresta venha a ser destruída e ocupada por latifundiários.
Para a diretora do IEF é possível manter o extrativismo e a agricultura familiar em partes da floresta, porém o agronegócio e a monocultura acabariam com a saúde do bioma, e destruiriam uma área importante para o Amapá e para o Brasil.
Para Ana Euler é imprescindível que o Governo Federal encampe a luta pela manutenção desta área como área de proteção permanente, pertencente ao estado do Amapá. A diretora levou ao Ministério Público a queixa do Instituto que representa contra o programa Terra Legal que, segundo ela, ajudou na preservação de diversas áreas em outros estados, mas que por razões político-partidárias tem tido postura distinta no Amapá onde concedeu títulos de terras que jamais foram ocupadas e que se encontram ainda em estado de floresta virgem, o que demonstra, no mínimo, desconhecimento da área concedida.
ecodebate

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